Andréia Aparecida Milanez Previde
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Andrelina dos Santos Antonio
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A necessidade da Leitura para uma boa escrita
Diferente
de muitos de vocês eu nunca gostei de ler. Durante o processo de alfabetização
não lia... decifrava códigos... demorou até que as palavras tomassem
significado, era meio que Marcelo, Marmelo Martelo. Por que as coisas tinham
determinados nomes...
Na época do
ensino fundamental as redações eram um martírio... tinha muitíssima dificuldade
para produzir textos, se fosse pra escrever um texto com 100 palavras, lá
estava eu perguntando a professora se as palavras e e não contavam... Não era
pra menos, quanto menos se lê, maior é a dificuldade para escrever!
Aliado a
tanta aversão pela leitura e escrita tinha o gosto pela matemática... Enquanto
minhas amigas sentavam para ler, eu sentava para resolver expressões
numéricas... quanto mais chaves, colchetes e parentes melhor... passava
horas...
Então optei
por cursar engenharia química, achando que fugiria não da leitura, mas da
escrita... ledo engano... os intermináveis relatórios das aulas práticas
demandavam muita argumentação e discussão de resultados. Acabei entrando para o
mestrado e depois para o doutorado, e tive que aprender "na marra"
para poder redigir a dissertação, a tese e os artigos.
Como era de
se esperar acabei desenvolvendo uma preocupação com a leitura. Sei que é
indispensável, que só tem capacidade de argumentação que tem informação, que
vem da leitura. Acredito que o gosto pela leitura pode ser desenvolvido com o
tempo, só precisa de um incentivo ou de uma necessidade.
Aniele Maria Prato Fodra
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Ler e escrever: contando um pouco da minha história
Vários depoimentos à leitura e à escrita me chamaram a atenção. Evocaram
lembranças. Gilberto Gil e Gabriel Pensador retratam o papel importante do laço
familiar, as influências no aprendizado da leitura e da escrita, trazem a figura
da avó. Nilson José Machado enfatiza o papel reservado a escola, apoia-se na
fala do que diziam nossos avós, de que "o ler, escrever e contar
deveria resultar dos estudos escolares". Já na experiência de Antonio Candido, ler e escrever enriquece a percepção e a visão de mundo. E ainda, na
perspectiva de Antonio Candido, "...desenvolve em nós a quota de
humanidade na medida em que no torna mais compreensivos e abertos para a
natureza, a sociedade, o semelhante."
Na visão de Marilena Chauí: “Ler é suspender a
passagem do tempo: para o leitor, os escritores passados se tornam presentes,
os escritores presentes dialogam com o passado e anunciam o futuro.”
Conforme Rubem Alves, a experiência ler e escrever
se reveste num momento mágico, sendo este carregado de plenitude que se dá
entre leitor e escritor.
No relato da poetisa Clair Feliz Regina novamente
se vê a magia estampada na fala de Rubem Alves. As transformações. O prazer de
viver. Um novo olhar sobre o mundo. Mudanças. Inversão de valores. E a grande
lição: aprender não tem idade.
A leitura e a escuta dos depoimentos permitiu
mergulhar, trazer à luz algumas situações ocorridas em meu aprendizado no
ambiente escolar e fora dele.
As noções elementares de leitura e escrita,
alfabetização e das operações básicas da matemática ocorrera em casa com minha
mãe. A escola se insere como um espaço de continuidade e aprofundamento das
aprendizagens do que havia iniciado em casa. Em minha opinião, um ensino mais
voltado a linha dogmática, sem ter algo de ligação com a vida. Era um fazer, um
fazer sem entender os por quês. Foi assim no antigo primário e no período
ginasial, alcançando também todo o transcorrer do ensino médio. Tinha como
cenário a todo esse tempo de estudo, o período da ditadura militar, instalada
no início da década dos anos 60. Os textos, os livros e outros materiais
ofertados a leitura se dava pela imposição deste ou daquele autor tivessem
afinidades e compromisso com os objetivos do regime militar. Em que pese foi
uma experiência muito dolorosa, angustiante em termos de minha escolaridade.


Fui tomar gosto pela a leitura e a oralidade muito
tarde, lá pelo final dos anos 70 e início dos anos 80. Um período de grandes
fomentações, no qual eu considero muito rico. Percepção histórica. Momento
mágico. Tomada da consciência, inclusive à participação política. Também
envolto as transformações, iniciei-me no ensino superior e finalizando com duas
graduações na área de exatas, a de Desenhista Projetista e a de Licenciatura de
Ciências habilitação em Matemática. Embora estando em novos tempos, afirmo que
em nenhum momento, o tema objeto – as narrativas, a história da matemática, a
valoração da leitura e escrita como saberes que decodificam a história da
humanidade – de reflexão que estamos lidando estivera no escopo destes dois
cursos mencionados.
Por fim, acho que teria muitas coisas para trazer a
lembrança, porém, posso dizer que: ler, escrever se traduz numa importante
ferramenta que possibilita as pessoas a ver, a compreender o mundo. Pelos depoimentos
ofertados, ela acontece coletivamente no decurso pela convivência na família,
na escola e na sociedade.
Antonio Benedito de Souza
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Antonio Marcos Domingues Martins
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Eu e os números!
A experiência da leitura e da escrita na minha vida foi muito importante para meu desenvolvimento intelectual, apesar de não me identificar muito com as palavras e sim com os números, por isso escolhi a área da matemática. No decorrer da faculdade, essa habilidade tornou-se algo necessário, estimulando-me a ir atrás e consequentemente desenvolve-la. Não posso dizer que tenho uma paixão pela leitura e nem que sou uma escritora nata, mas estou sempre em busca de inovações para que eu possa estar em contato com tudo, e não apenas com o que o gosto, e quem sabe futuramente desenvolver algum tipo de intimidade com o que era dificuldade.

A experiência da leitura e da escrita na minha vida foi muito importante para meu desenvolvimento intelectual, apesar de não me identificar muito com as palavras e sim com os números, por isso escolhi a área da matemática. No decorrer da faculdade, essa habilidade tornou-se algo necessário, estimulando-me a ir atrás e consequentemente desenvolve-la. Não posso dizer que tenho uma paixão pela leitura e nem que sou uma escritora nata, mas estou sempre em busca de inovações para que eu possa estar em contato com tudo, e não apenas com o que o gosto, e quem sabe futuramente desenvolver algum tipo de intimidade com o que era dificuldade.
Bernadete Favaretto Guassieri
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Catarina Aparecida Bontorim Santos
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Ao fazer com que os alunos leiam, falem e escrevam a matemática até as duvidas deles estão ficando mais elaboradas. Deixaram de ser "Dona não entendo este negócio" e passaram a ser, por exemplo, "Dona não entendo a operação utilizada, ou a aquela passagem da resolução". Surpreendente!!!
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